“Você é o melhor ser humano entre os piores que já conheci. Ou o pior entre os melhores. Não sei. Sei que eu inexplicavelmente estou na tua e você sabe disso.”
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Eu ainda estava
deitada, os braços em baixo da cabeça, a mente longe. Uma brisa fria entrava
pela janela fria do segundo andar. Tentei mais uma vez criar coragem e levar,
ver o que estava acontecendo lá em baixo, mas cada parte do meu corpo se
recusava a fazer isso.
Bill tinha me
deixado ali a meia hora atrás. Todos na casa estavam mobilizados para encontrar
Edward, ofereci ajuda, mas Jessica disse que eu já tinha ajudado o suficiente,
com a voz cheia de acusação. Encolhi-me mais no colchão ao lembrar daqueles
olhos negros me olhando com
desaprovação.
O Sol já estava alto
no céu quando eu decidi eu bastava de sentir pena de mim mesma. Vesti a calça
jeans e um moletom limpo que Lay tinha me dado na noite anterior. Podia ouvir
conversas abafadas e pessoas caminhando no andar de baixo.
Desci as escadas em
silêncio e prossegui pela pequena sala. Parei bruscamente quando estrava na
cozinha. Bill estava falando, sussurrando seria mais apropriado. Aproximei-me
da parede a apurei os ouvidos.
-...Precisamos
contar. – Lay disse com a voz infantil destorcida por alguma coisa. Choro.
-Eu sei, eu sei. –
Bill levou as mãos à cabeça e começou a andar pela pequena cozinha, sua cabeça
quase alcançando o teto baixo. –Eu só
não sei como contar para Mel.
Prendi a respiração
e esperei ele dizer mais alguma coisa. A raiva crescendo destro de mim. Entrei
na cozinha um segundo depois.
-O que você não sabe
como contar para mim, Bill? – Os olhos de todos estavam em mim naquele momento,
mas pela primeira vez não me importei. Bill permanecia em silêncio e isso só
fazia minha raiva aumentar. –Bill?
-Eu...
-Bill?
-Não é nada.
-BILL!
-O garoto. Ele
chegou muito perto da cidade... –As palavras saiam rápido de sua boca e
pareciam quebra-se no chão enchendo meus ouvindo. Ele suspirou fundo antes de
continuar, parecia cansado. –Ele está
mosto.
O chão parecia ter
se aberto abaixo dos meus pés. As lágrimas queimavam nos meus olhos, dei alguns
passos para trás para encontrar a segurança da parede novamente, a casa toda
parecia tremer. Fechei os olhos e lá estava o garotinho, assustado, perdido,
morto. Pobre criança perdida.
Minha culpa. Tudo
minha culpa.
Bill se aproximou e
tocou meu rosto limpando as lágrimas. Recuei.
-Não toque em mim.
–Disse com a voz destorcida.
Obriguei minhas
pernas a me obedecer e subi as escadas o mais rápido possível. Eu não queria
ver aquelas pessoas, não queria ser vista. A censura estava estampada no rosto
de cada um.
-Ela só precisa de
um tempo, criança. –ouvi Abigail falar com a voz gentil quando alcancei o topo
da escada.
Ela não costumava se
posicionar sobre nenhum assunto, estava sempre calada, mas sempre disposta a
ajudar qualquer um que precisasse. Como uma avó. Seu rosto era enrugado,
cansado e emoldurado por cabelos brancos que ela mantinha presos em um coque no
alto da cabeça. Sua expressão era sempre doce.
Entrei no pequeno
banheiro e bati a porta. Observei minha imagem e refletida no espelho.
Assassina, disse
para o meu reflexo.
Agachei-me atrás da
porta e permaneci lá por minutos, horas, o tempo não parecia passar. Eu estava
cansada, mas não queria dormi. Sabia que aquele garotinho estaria nos meus
sonhos assim que fechasse os olhos.
Alguém bateu na
porta. Ignorei. Mais uma batida, dessa vez mais forte e impaciente. Permaneci
quieta e a pessoa forçou a fechadura com mais força ate ceder. Não se pode
confiar em fechaduras velhas e enferrujadas.
Bill entrou no
banheiro e bateu a porta atrás de si. Ele sentou-se ao meu lado e cruzou os
braços, por um longo momento não disse nada.
-Já acabou? –Ele
perguntou com a voz dura. Ergui uma sobrancelha com quem pergunta do que ele
estava falando. – Eu ia te contar. Precisava de um tempo, porque sabia que você
ia reagir exatamente assim, Mel.
-Eu pensei que podia
confiar em você. E na primeira vez oportunidade você me fez de idiota. Disse
que me amava.
-E amo! E não
entendo porque está reagindo assim.
-POR QUE VOCÊ NÃO IA
ME CONTAR, BILL! –Deixei que toda minha raiva, frustação e culpa caísse sobre
ele como uma montanha de lixo. Não queria ouvi-lo, não queria vê-lo, porque
sabia que um minuto olhando para aqueles olhos e toda a minha raiva estaria
reduzida a nada e eu precisava sofrer. Parecia
justo com Edward que eu sofresse por tê-lo feito sofrer.
-Quer que eu saia?
–Ele perguntou depois de um minuto. A voz assumindo o tom de sempre, calmo,
suave, quase cantado.
-Sim. –Eu não queria
realmente.
-Eu te amo.
Bill continuou
parado na minha frente mais um instante, talvez esperasse ouvir que eu o amava
e que só precisava de um tempo para pensar. Abri a boca para dizer tudo isso, mas
a palavras caíram mortas no chão sem nunca serem pronunciadas. Respirei fundo e tentei novamente:
-Me desculpe. –Foi
tudo o que consegui.
Bill abaixou-se
novamente e abraçou meus ombros, deitei a cabeça no seu peito e chorei
novamente ate encharcar o colarinho da sua blusa.
-Não foi culpa sua.
–Ele repetia, mas acreditar nessas palavras era impossível.
Parecia ter se
passado uma eternidade quando levantei a cabeça e toquei levemente seus
lábios. Ele me prendeu mais contra seu
corpo e se aprofundou no beijo, seu gosto estava nos meus lábios e me fazia
querer mais.
-Desculpe. –Disse
ofegante.
Bill segurou minha
mão e me ajudou a levantar, depois me prendeu contra a parede. Joguei os braços
em volta do seu pescoço e o prendi em um abraço, ele segurou minha cintura e
pressionou os quadris contra os meus.
Suas mãos
escorregaram pelas minhas costas, por baixo do moletom, e seus dedos se
prenderam no fecho do meu sutiã.
-Sabe, eu dei um
jeito no nosso pequeno problema de controle de natalidade. –Bill disse sorrindo
enquanto tirava um pequeno envelope preto do bolso. Camisinha.
Um pequeno sorriso
se formou no meu rosto antes que eu pudesse evitar. Era isso que eu gostava
nele, ele me fazia sorri, me fazia sentir-se boba como uma adolescente apaixonada,
mas também me fazia sentir amada.
O empurrei para trás
e tirei o moletom. Bill sorriu novamente.
Tirei a calça jeans e se seu sorriso aumentou.
-Sua vez. –Eu disse
rindo.
-Não, eu espero você
termina. –Bill disse se recostando na pia.
-Sem gracinha,
Kaulitz.
Ele começou a abrir
botão por botão da blusa enquanto eu seguia seus dedos com o olhar.
-Não quer ajudar?
Mordi o lábio
inferior. Aproximei-me novamente. Seus olhos estavam em mim enquanto eu
terminava de tirar sua blusa e joga-la no chão com as mãos tremulas. Percebi
que nunca quis tanto ter uma pessoa como eu queria tê-lo naquele momento.
Continuaaa =3 sério, ta MUITO perfeito!
ResponderExcluirE vc ainda para na melhor parte? auhsauhsauhsaush
Amei de mais o jeito q vc fez essa parte não parecer banal na vida deles, ser um momento especial... sério, ficou muito lindo! Parabens pela Fanfic!
eeee alias (sou muito cara de pau, eu sei) mas eu tenho um Imagine com o Bill...
ResponderExcluirDa uma olhada lá =3 (se quiser, claro) http://imagine-combillkaulitz.blogspot.com
Espero q goste =)
Obrigada:3 Fico muito feliz que tenha gostado
ResponderExcluirDou uma olhada no seu Imagine sim :)
Amei amei amei,estou realmente muito curiosa...To ansiosa pela continuação *u*
ResponderExcluirContinuaaaa
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