sexta-feira, 16 de março de 2012

Dor Do Amor -Capitulo 15

Tu és
Tudo o que eu sou
E tudo o que corre nas minhas veias
Mais uma vez, vamos levar-nos
Não interessa onde vamos
Não interessa o quão profundo-Tokio Hotel 
 
Os lábios de Tom passando suavemente sobre os meus, me sentia como uma viciada que provava sua droga preferida depois de um longo tempo de abstinência.

-Senti saudades. -Ele disse enquanto contorna meu pescoço com pequenos beijos.

O jeito como falava, como me tocava, tudo era muito excitante para resistir. Eu não era exatamente uma especialista no campo sexual, ir para cama uma ou duas vezes com um namorado há muito tempo atrás não fazia de mim uma pessoa experiente. Tom ao contrario de mim parecia saber muito bem o que fazer, onde tocar, o que falar tudo para me deixar completamente louca.

-Quer que eu pare?

-Não.
Suas mãos desceram da minha cintura ate as minhas coxas, passei minhas pernas em volta da cintura de Tom e deixei que ele fizesse o resto. Não demorou muito para as nossas roupas estarem jogadas no chão da sala, eu estava totalmente entregue a ele. Por maior que fosse meu nervosismo sentia que esperava por aquele momento desde a hora que o vi pela primeira vez.
Precisava, necessitava daquele toque como precisava respirar.

-Sabe quando eu disse que você era diferente?-Ele perguntou logo depois que acabamos. Não respondi apenas fiz que sim com a cabeça. -Eu não estava mentindo, o que eu senti com você... Nunca tinha sentido com nenhuma outra pessoa.

-Acho melhor eu ir embora. Bill pode aparecer a qualquer momento.

-Não, ele não vai.

-Como você sabe?

-Coisa de gêmeos.

Tom riu alto e me puxou de volta para o pequeno sofá.

-Semana que vem eu vou viajar. Sabe turnê e essas coisas da banda. -Ele disse enquanto acariciava meus cabelos. -Você vai me esperar?

-Você vai voltar?

-Eu sempre vou volta.

-Então eu sempre vou esperar.

-Georg vai sentir ciúmes de você.

-Não tem problema, eu sou boa com concorrências.

Não pude deixar de ri junto com Tom, percebi naquele momento que era a aquela pessoa que eu pertencia. Logo eu que jurei nunca me apaixonar.

THE END !


quinta-feira, 15 de março de 2012

Dor Do Amor -Capitulo 14

Eu vou descer até teu intimo descer até teu intimo
Beijos abençoados nos esperando
Eu vou descer até teu intimo - descer até teu intimo
Não deixe seus desejos desaparecerem -Tokio Hotel 

Não respondi apenas fiquei parada, totalmente sem reação olhando para Tom.

-Bom, eu... Eu vou... Vamos passear Scott!-Bill disse se levantado de pressa e arrastando o cachorro que pareci muito interessado naquela cena, como um leitor lendo uma historia de suspense.

Tom esperou que Bill saísse e sentou-se ao meu lado. Encarou-me por alguns segundos como se tentasse ler minha mente.

-Você... Ouviu o que eu disse agora a pouco?-Perguntei sentindo meu rosto cora.

-Sim. Você não o beijou?Quer dizer, foi um beijo roubado?Só isso?

-Era, ate você aparecer, surta, gritar comigo, quase passar com o carro por cima de mim...

-Eu sou um idiota.

-Meu idiota.

Espantei-me com a minha própria ousadia, mas não me contive. Ver Tom ali tão venerável quanto uma criança era irresistível.
Tentei levar a conversa para um assunto menos pesado.

-Como era sua vida quando criança?-Perguntei apontando para os portas retratos.

-Era ótima, mas não durou muito tempo. Eu fui obrigado a crescer cedo demais.

-Do que você tem medo?
-De você?

Encarei Tom incrédula, mas sua expressão não mudou .Apenas me examinou por mais alguns segundos e prosseguiu .

-Como eu disse, fui obrigado a crescer muito cedo, a ter controle de tudo. Eu tenho medo do que não consigo controlar, tenho medo do que sinto por você. Se fosse qualquer outra garota eu iria fazer como sempre. Lançar um papo qualquer, levar para a cama e depois nem lembra o nome dela no outro dia, mas você... É diferente.

Tentei parecer calma com aquelas palavras, mas não estava. Quando a sua mão tocou a minha foi quase como tomar um banho quente depois de sair na chuva gelada. Quando Tom se aproximou ainda mais e nossos joelhos se tocaram senti necessidade de sair gritando FOGO!FOGO! .

-Me disse uma frase em alemão?Nunca ouvi você falando alemão.

-Uma frase?

-Sim.

-Uma frase . Ich liebe dich, Sophia.

-O que quer dizer ?

-Eu te amo ,Sophia .

Os lábios de Tom se aproximam enquanto meu coração acelerava, era como se eu estivesse revivendo meu primeiro beijo, de repente não sabia o que fazer. Só fiquei parada enquanto seus lábios tocavam suavemente os meus, enquanto sua língua passava como se acariciasse a minha. De repente o beijo se tornou mais selvagem, mais faminto, mais necessitado daquele toque.

terça-feira, 13 de março de 2012

Dor Do Amor -Capitulo 13

 Eu estou continuando na dor
Que está me consumindo
Está tornando-se meu próprio sangue
Você não pode ver
Que eu estou faminto pelo seu amor
E eu preciso de atenção
Ou eu vou morrer -Tokio Hotel 

Parei na entrada da grande mansão, Bill me esperava no portão com um grande sorriso nos lábios, ao seu lado estava Scott que correu ao meu encontro .

-Que bom que você veio. -Ele disse me dando um abraço.

O encarei por um estante e tentei encontra o rosto de Tom no dele. O nariz que parecia ter sido desenhado no rosto, o lábio inferior sobressaltado o superior, os olhos expressivos como os de uma criança, o rosto de Bill era realmente idêntico ao de Tom .

Sentei-me ao lado de Bill na grande sala de está, as fotos dele e de Tom pequenos continuavam lá. Não pude deixar de me distrair imaginando como era a vida dos dois quando crianças, antes da fama, do dinheiro... Fui arrancada dos meus devaneios pela voz grave ao meu lado.

-Eu te chamei aqui por que eu preciso saber o que aconteceu entre você e Tom. Ele anda esquisito, se arrastando pelos cantos, vive enchendo a cara e quando não esta fazendo isso ta trancado no quarto.

-Tom não te contou?

-Bem que eu tentei fazer ele falar ,mas não disse uma palavra .

-Ele... Ele me viu beijando outro cara.

Os olhos de Bill se arregalaram, estava claro que ele tinha levado um susto. Arrumou-se no acento e voltou a me encarar.

-Na verdade ele entendeu tudo errado. -Continuei. -Eu não estava beijando o garoto, ele estava me beijando. Tentei explicar, mas Tom não quis me ouvir.Se ele ao menos soubesse ...

-Soubesse o que?-Bill perguntou me olhando nos olhos. Senti-me nua enquanto Bill me olhava atentamente.

-Que eu... Que eu o amo. Amo de verdade, não estou falando de uma paixão passageira.

Bill desviou seu olhar do meu por alguns instantes e virou-se para a entrada.

-Tom, sai de trás da porta, eu sei que você está ai.

Tom entrou devagar na sala, seu rosto parecia tão perplexo quanto o meu. Nossos olhares se encontraram por segundos e foi o suficiente para me sentir totalmente febril. Esse era o efeito que ele tinha sobre mim.

-Posso falar com você, Sophia?-A sua voz era rouca e cansada ,mas ainda sim encantadora .


segunda-feira, 12 de março de 2012

Dor Do Amor -Capitulo 12

Venha e salve me
Estou queimando, você não vê?
Vem e me salva
Só você pode libertar
Venha e salve me
Salve me -Tokio Hotel 

Os dias seguintes se sucederam como anos. A dor era como uma estaca cravada em meu peito estava na hora de encarar a verdade, eu estava perdidamente apaixonada por Tom e o tinha perdido para sempre.

Ele era como aqueles sonhos que ficam na nossa cabeça depois que somos arrancados deles, que nos fazem passar dias imaginando como seria seu final e noites afio tentando voltar para eles.

Tinha acabado de chegar em casa  ,pouco antes das oito da noite quando o telefone tocou .Três toques e eu atendi .

-Alo? –A voz grave e ao mesmo tempo delicada do outro lado da linha me era familiar. Por algum motivo tão familiar quanto minha própria imagem no espelho. -Não sei se você se lembra de mim, sou Bill. O irmão do Tom.

Claro que aquela voz me era familiar, na ultima semana era essa voz que tinha embalado meu sono. A música que Tom tinha tocado para mim naquela noite era a única que eu ouvia há dias.

 -Não, claro me lembro de você. O garoto do cachorro. -Tentei força uma risada sem sucesso.

-Bem, eu queria conversa com você.

-Pode falar.

-Não, por telefone não. Eu... Eu queria que você viesse aqui. -A voz de Bill era fraca, mas ao mesmo tempo com ar de urgência.

-Acho que Tom não quer me ver por ai. –Suspirei fundo e me segurei para não chorar.
-Ele vai dar uma entrevista amanhã. Temos a manhã toda. Eu realmente preciso falar com você.

-Tudo bem. Às dez horas, combinado?

-Combinado. Eu nunca te pediria isso se não fosse importante.

-Fui dormi imaginando o que Bill tinha para me dizer. Só tinha certeza de suas coisas ,nada que dissesse traria Tom de volta para mim e por tanto nada que dissesse desataria esse nó na minha garganta .




sábado, 10 de março de 2012

Dor Do Amor -capitulo 11

Nunca precisei tanto de alguém como preciso de você, nunca desejei tanto um sorriso como desejo o seu, nunca esperei tanto por um beijo como espero pelo seu…-Caio Fernando De Abreu 



Ele não se mexeu, não falou nada, apenas me encarou por alguns estantes. Seu olhar era como uma faca que me atravessava o peito. Nunca, em nenhum momento desejei que Tom visse aquilo, só queria que ele soubesse o que realmente tinha acontecido.

-TOM!TOM!ESPERA!

Tentei corre em direção a ele ,mas Ricardo foi mais rápido .Segurou me braço e me puxou de volta .

-Se você for atrás dele, nunca mais fala comigo.

-ME LARGA, GAROTO !QUEM DISSE QUE EU QUERO FALAR COM VOCÊ?!

Com um movimento rápido me livrei das mãos de Ricardo e corri em direção a Tom, que já estava saindo do prédio em direção a garagem.

-Tom, por favor... Me deixa explicar. -Eu implorava em quanto ele entrava no carro sem nem ao menos me olhar nos olhos .
Sua expressão era outra totalmente diferente da que eu conhecia. Nada de sorrisos safados, nada de piadas, nada de  sarcasmo, apenas um olhar vazio que evitava encontrar o meu.


-Por favor, me escuta. -Disse parando na frente do carro ligado.

-Sai da minha frente, Sophia. -Suas palavras eram tão frias quanto um cubo de gelo, tão frias que me fizeram tremer.

-ME ESCUTA!

-NÃO, VOCÊ DEVE TA LOUCA PARA VOLTAR A ENFIAR SUA LINGUA NA BOCA DEQUELE CARA, EU NÃO QUERTO ATRAPALHAR. AGORA, SE VOCÊ TEM ALGUM RESPEITO POR MIM, ME DEIXA EM PAZ E NÃO FALA MAIS COMIGO. NUNCA MAIS!

Fui obrigada a sair da frente quando Tom acelerou e deu partida no carro.

Queria voltar e dar uns socos e ponta pés em Ricardo, por estragar tudo,por fazer o homem por quem eu estava e estou me apaixonando achar que eu sou uma vadia ,mas tudo que fiz foi sentar no chão frio daquela garagem e chorar ,chorar ate não ter mais forças .

Não sei o que aconteceu depois ,apenas acordei no banco de trás do carro de Cecília .Ela não falou nada ,apenas sorrio e continuou com a atenção na estrada ,não me importei ,a ultima coisa que queria era conversa .



quarta-feira, 7 de março de 2012

Dor Do Amor -Capitulo 10

.por que raios toda vez que eu to me achando muuuuito foda, muuuito feliz e muuuito amando algo, algum merda vem e me lembra que eu não sou porra nenhuma? Heim, Deus? Deeee-us, to falando com vocêêê!' -Tati Bernardi 

Fui arrancada dos meus sonhos com a luz do Sol batendo contra o meu rosto. Mas que droga!Eu precisava realmente comprar cortinas.

Tateie  ate encontrar o pequeno despertador em cima do criado-mudo ao lado da minha cama .6:00 horas da manhã ,tinha tempo suficiente para um longo banho quente .

Caminhei sonolenta ate o pequeno banheiro, despi o pijama e me joguei em baixo da ducha tão quente que enchia o banheiro de vapor.
Enrolei-me em uma toalha e fui ate o armário.
Por alguma razão imaginei que roupa Tom gostaria que eu usasse, provavelmente roupa nenhuma.

Vari aquele pensamento aquele pensamento da cabeça e peguei minha velha calça jeans surrada, minha camiseta do Guns e meu all-star .
Fui ate o espelho e sorri ao perceber que estava parecendo uma aluna do ensino médio.

Desci as antigas escadas de madeira, que rangiam a cada passo e caminhei ate a cozinha. A cena família de sempre, mais uma vez meu pai estava escondi atrás do jornal, tomando uma xícara de café e como sempre minha mãe já tinha saído para trabalhar.

-Bom dia. -Disse quando eu me sentei ao seu lado. –Eu ia te oferecer uma carona, mas acho que você não vai querer.

-Não mesmo, to louca para estréia minha bicicleta novinha. -Respondi enquanto passava manteiga em uma torrada. -Alias, acho que já vou. Tchau, papai. Até mais tarde.

Cheguei consideravelmente cedo na faculdade, talvez por que tive a impressão que estava sendo seguida durante todo o trajeto.

-Olá. -Tom disse aparecendo de repente atrás de mim.

-PUTA QUE PARIU!Que susto!Você quer me matar?O que ta fazendo aqui?

-Eu te segui. -Ele respondeu com um sorriso meio sedutor, meio prepotente. Aliais como tudo nele.

-NUNCA MAIS ME SIGA!ACHEI QUE ERA UM ESTRUPADOR!EU IA CHAMAR A POLICIA-Disse enquanto dava pequenos socos contra o tórax dele.

-Quem disse que eu não sou?-Tom sorriu enquanto segurava meus pulsos e me puxava para mais um beijo. -Ainda quer chamar a policia?

-Quero. Agora, o que você veio fazer aqui?

Tom colocou o dedo indicador nos lábios e caminhou de um lado para o outro pensando no que responderia.

-Vim te ver e vim te avisar que vou te seqüestrar depois da aula para um passeio.

-Passeio aonde?

-Surpresa. Te vejo mais tarde ?

-Eu tenho escolha?

-Não.

Tom me puxou para mais um beijo de despedida, antes de sumir no campus lotado.

A aula pareceu mais longa e chata naquele dia ,minha mente viajava imaginando o que Tom estaria tramando ,apostaria toda minha coleção de CDs que não era coisa boa.

Estava saindo da faculdade quando Ricardo me parou.

-Posso falar com você?

-Se for sobre a noite de ontem, não.

-Não, não é sobre ontem. É sobre hoje. -Ricardo segurou meus braços e me puxou para um beijo forçado.
Debatia-me ate perde as forças seria fria e uma hora ele se cansaria .Seria tão fria quanto uma estatua de gelo .

Quando finalmente Ricardo me largo me assustei com quem vi a alguns metros de onde nós dois estávamos parados. Tom.

domingo, 4 de março de 2012

Dor Do Amor -Capitulo 9

"Fazia tempo que alguém não ficava tão calado enquanto eu apenas existo, fazia tempo que alguém não ficava tão perdido só porque me encontrou. " -Tati Bernardi 



Estava jogada na cama, a lua era a única iluminação do quarto, mas não importava, eu não estava realmente ali.
Um milhão de coisas passavam pela minha cabeça. Por que de uma hora para outra eu estava aos beijos com Tom?Eu o odiava, não é? Talvez não o odiasse tanto quanto pensei, talvez não o odiasse nem um pouco.
E se eu tivesse deixado que ele fosse mais além?E se não o tivesse obrigado a voltar a dirigir?

-Filha!Ricardo está lá em baixo. -Minha mãe disse me tirando dos meus devaneios.

-Ricardo?O que ele quer?

-Desce e você descobre. Eu não sei.

-Tudo bem, pede para ele esperar um segundo que eu já desço.

Fui ate o espelho pendurado na parede do meu quarto e arrumei o cabelo desgrenhado. Não estava exatamente bem arrumada, estava apresentável.

Desci as escadas de madeira e me deparei com Ricardo sentado ou lado do meu pai, discutindo um assunto que me pareceu ser o jogo de quarta passada.

-Olá. -Ele disse quando me viu chegar. -Posso falar com você um segundo?

O encarei por um segundo, seu rosto não revelava nada .Apenas um mix de nervosismo e decisão .

-Claro. Vamos conversa lá no jardim?

-Tudo bem.
Ricardo me seguiu ate o pequeno jardim que ficava na parte de trás da minha casa .Não era exatamente um jardim bem cuidado ,minha mãe se esforçava para mante-lo bonito ,as estava sempre ocupada trabalhado .

-Então, o que quer falar?-Perguntei me sentando em um pequeno banco de mármore no centro do jardim.

-É complicado. -Ricardo disse sentando-se ao meu lado. –Eu ..eu quero ...preciso que você me der uma chance .Me deixe mostrar que sou perfeito para você .Eu posso ser tudo o que você quiser .

-Ricardo ...

-Não,não diz nada .Só ...me da um beijo .

-Eu não... -Fui interrompida pelos seus lábios, tocaram os meus suavemente. Meus braços pendiam ao lado do meu corpo, imóveis, incapazes de afastá-lo de mim.
Enquanto os beijos de Tom eram selvagens, quase famintos e necessitados daquele toque, o de Ricardo era suave, sem pressa. Fazia-me lembrar uma brisa fria no final de um dia quente de verão.

-Eu não... Não posso. -Disse afastado finalmente Ricardo de mim. Não queria acabar com aquele momento, mas ainda sentia o gosto agridoce dos lábios de Tom nos meus .

-Você está apaixonada por aquele guitarrista, não está?

-Não sei.

-Eu esperei por você a minha vida inteira e não vou deixar que um cara qualquer apareça de repente e te leve mim.

Queria explicar que estava confusa, não queria deixá-lo ir embora cheio de raiva ,mas não fiz nada apenas fiquei para enquanto Ricardo atravessava o pequeno jardim e entrava no seu velho mustang .

sábado, 3 de março de 2012

Dor Do Amor -Capitulo 8

Você tem cheiro de roupa limpinha com mente suja e eu quero te rasgar inteiro. Mas apenas te dou um beijinho no rosto. Preciso me comportar.- Tati Bernardi 



Tom olhava fixamente para mim ou olhava através de mim. Suas mãos ainda estavam em volta da minha cintura, nossos corpos ainda estavam próximos, não tanto quanto antes.

-Você não disse nada. Eu poderia ser seu idiota? –Ele perguntou sorriso.

-Só se eu fosse sua chata. -Não pude deixar de ri com as expressão no rosto dele, me fazia lembra um leão prestes a atacar a pobre vitima indefessa ,no meu caso não tão indefesa assim .

Tom me puxou para mais perto dele, provocando pequenas ondinhas na água da piscina.
Subiu uma das mãos ate a minha nuca e desceu a outra ate a minha coxa.
Seus olhos ainda estavam fixos nos meus, como se pedisse permissão a cada movimento.
Desviou o olhar do meu por alguns segundos, enquanto contornava todo o contorno do meu pescoço com beijos.

-Acho que tem outra parte da casa que eu quero te mostrar.

-Acho melhor não. -Suspirei fundo e o afastei de mim.-Me leva para casa ?

-Vou ganhar algo em troca?

-Não sei... Veremos. -Tom sorri e saiu da água, em seguida segurou minha mão para que eu saísse também.

-Vou pegar o carro e por sua bicicleta no porta-malas. E acho melhor trazer uma toalha.

Esperei sentada em pequeno banco, ainda conseguia ouvir os gritos de Bill do outro lado do jardim.

-Vamos. -Tom disse me jogando uma toalha e me arrastando ate a garagem.

A viagem seguia como qualquer, o silencio costumeiro, tudo como sempre. Ate ele parar no encostamento de uma estrada.

-Não acha que a gente pode fazer uma coisa bem mais legal do que te levar em casa?-Ele disse vindo na minha direção e me prendendo contra o banco de trás do carro.

-Tom...

-Seu idiota lembra?

-Quero meu idiota dirigindo.

-Eu poderia dirigir outras coisas... -O sorriso malicioso em seu rosto era quase um convite a fazer coisa errada.

-Dirige a porra desse carro. Depois a gente conversa. Você ta muito apressado.

-Um beijo?Só isso, por favor!

Passei a língua pelo seu piercing ,não foi o suficiente .Tom me envolveu outra vez em seus  braços e me forçou a se deitar no banco do carro .

-Você é insistente...

-Essa é a minha melhor qualidade.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Dor Do Amor -Capitulo 7




Tom me levou ate a parte de trás da casa .Nada mais era que um grande jardim ,com uma piscina ,que devia ter o tamanho do meu quarto ,no centro .

-Gostou?-Ele perguntou sorrindo, ainda segurando minha mão que já estava soada.

-É incrível.

-Quer da um mergulho?

-Não, eu não... não trousse roupa de banho .

-Não, precisa de roupa de banho. Alias não precisa de roupa nenhuma .

Virei-me para olhá-lo nos olhos. O sorriso malicioso ainda estava lá ,como era prepotente  e ainda sim tão lindo .
Seu piercing brilhando com a luz do Sol me fez imaginar outra vez como seria beijá-lo.

-Boa tentativa. -Falei soltando a minha mão da dele e caminhando de volta para a rua.

-Tudo bem, eu tenho uma idéia bem melhor, mesmo. -Tom disse me pegando nos braços e correndo em direção a piscina.

-ME COLOCA NO CHÃO!EU TO FALANDO SERIO, TOM!NÃO FAZ ISSO!

Meus protestos não serviram de nada, ele me jogou dentro da piscina antes que eu pudesse reagir.

-Você desperta um lado malvado em mim. -Ele disse rindo.

-Digo o mesmo!-Puxei a barra de sua calça e ele caiu por cima de mim  .

-Sua vadia !

-Idiota !

-Chata.

-Convencido

Não pude deixar de ri enquanto Tom pensava em outro xingamento a altura. A sua língua passava por cima do piercing continuas vezes, simplesmente não conseguia desviar o olhar daqueles lábios.

-Talvez eu seja convencido, mas você quer beijar esse convencido agora. Não quer?Olha nos meus olhos e diz que não. –Tom disse se aproximando de mim e passando o braço em volta do meu corpo.

-Eu...

Tarde demais, seus lábios se abriram e procuraram os meus. Uma explosão de sentimentos, queria xingá-lo  ,mas queria acima de tudo continuar ali sentindo seus lábios nos  meus ,sua língua tocando a minha ,seu corpo tão grudado ao meu que era como se fossemos um só .

-Eu poderia ser seu idiota...



quinta-feira, 1 de março de 2012

Dor Do Amor -Capitulo 6

Uma pessoa não precisa estar a vida inteira ao seu lado para se tornar única e inesquecível -Caio Fernando De Abreu 

Peguei o primeiro ônibus para o centro da cidade. Alguma coisa fazia meu coração bater loucamente durante toda a viagem.
As palavras de Tom na noite anterior e a batida daquela música ainda estavam na minha cabeça, como um veneno que se espalhava rapidamente pelo meu corpo.

Desci na frente de um grande condomínio, verifiquei pela terceira vez se estava no lugar certo. Estava.
As casas mais pareciam grandes palácios do que residências onde moravam famílias comuns.
Lá estava ela, no final da rua. Uma grande casa imponente se erguia em meio às outras. Conferi o número escrito no papel amassado na minha mão. Está era casa de Tom.
Fui recebida na entrada por Scott, o cachorrinho de Tom.

-Cadê o seu dono em?-Perguntei enquanto fazia carinho no seu pelo. -Você não vai me responder NE?Tudo bem.

Correndo pelo grande jardim vinha o garoto de cabelos descoloridos que cantava na banda. Não me lembrava o nome dele, mas o rosto era inesquecível. Parecia-se mais com um super modelo do que com um vocalista de uma banda de rock ou se eu acreditasse nessas coisas diria que tinha a aparecia de um anjo.

-SCOTT!SCOTT VOLTE JÁ AQUI!TOM!VEM BUSCA O SEU CACHORRO!-Ele gritava desesperadamente enquanto corria na minha direção. -SEGURA ELE!NÃO DEIXE QUE CORRA PARA O QUINTAL DO VIZINHO!TOM!TOM VEM CUIDAR DESSE CACHORRO!

Não pude deixar de ri quando ele parou na minha frente e apoiou as mãos nos joelhos para recuperar o fôlego.

-Ola. Eu sou...

-Sophia, eu sei. Tom ta te esperando lá dentro. Pode entrar. Desculpe-me pelos gritos, é que esse cachorro é tão obediente quando o dono.

Passei pelas grandes portas de carvalho e sai em uma grande e luxuosa sala de estar.
Ao lado do sofá em uma pequena mesa de madeira, vários portas-retratos estavam cuidadosamente colocadas.
As fotos eram de duas crianças, exatamente iguais.

-Sou eu e o Bill, ou se você preferir o garoto oxigenado correndo atrás do cachorro lá fora. -Tom disse aparecendo de surpresa na sala e me fazendo pular com o susto.

-Vocês são gêmeos?

-Sim, mas como você pode ver eu sou bem mais bonito.

-Eu vi buscar a ...

-Bicicleta, eu sei. Não quer dar um passeio comigo antes?-Um grande sorriso se abriu no rosto de Tom. Eu sabia o que aquele sorriso significava encrenca, encrenca com certeza, mas por algum motivo o tal passeio me pareceu irresistível.
Não respondi, apenas sorri e fiz que sim com a cabeça.

-ótimo .Vem comigo .-Os dedos de Tom se envolveram ao redor da minha mão ,um grande calor era irradiado deles e me senti praticamente febril .