quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Dor Do Amor -Capitulo 5

Entrei no grande salão ,pouco iluminado .Logo atrás de mim vinham Cecília e Ricardo .Talvez se eu me escondesse Tom não perceberia que eu estava lá ,mas seria bastante  difícil isso já que o show era para poucas pessoas .

-Olha tem um lugar perto do palco. -Ricardo disse me puxando pelo braço.

Ficamos a poucos centímetros de onde a banda se apresentaria, é claro que Tom me veria lá. Que grande merda, esperava nunca mais ter que vê-lo .

Quando os Tokio Hotel subiram no palco meu queixo caiu. Tom não se parecia em nada com o cara que eu havia conhecido no carro. Estava barbeado, o cabelo e as roupas eram as mesmas, mas ele estava claramente mais a vontade ali do que em um carro comigo.

O show seguiu como qualquer outro, a banda era realmente muito boa e o vocalista respirava carisma. Os problemas começavam quando meu olhar encontrava o de Tom, coisa que eu fazia o máximo de esforço para evitar. Mas era especialmente difícil quando todas as partes do meu corpo exigiam que eu olhasse naquela direção.

Tudo seguia normal ate a ultima música. O vocalista estava falando quando Tom pegou o microfone.

-Ola, gente. Normalmente é o Bill que faz os discursos antes da ultima música, mas hoje eu queria fazer isso. A próxima é para uma pessoa que eu conheci por acaso, para quem eu to devendo uma bicicleta nova. Ela ta ai na platéia e espero que goste da música. Essa é para você Sophia.

Eu poderia abrir o chão naquele momento e esconder minha cabeça. Virei para Cecília que me olhava e espantada e perguntei qual era o nome daquela música. Attentio ,ela respondeu com a voz tremula .

´´I'm trying to tell you
I'm trying to know you
I'm dying to show you
Fighting to get you

Soon as you got me
You go and drop me
It's cool when you burn me
I love how you hurt me´´
Essas foram algumas das palavras ditas a seguir. Eu não entendia o porquê daquilo, mas simplesmente não conseguia tirar os olhos de Tom enquanto ele tocava freneticamente o ritmo animado e ao mesmo tempo melódico daquela música.

A música acabou e aos poucos a platéia de poucas pessoas foi sumindo, restaram apenas eu e meus amigos.

-Acho que você vai querer falar com o seu guitarrista preferido. -Cecília disse me dando uma piscadela e puxando Ricardo para fora dali.

-Gostou da música?-Tom perguntou de cima do palco.Não respondi ,apenas caminhei ate onde ele estava .

-Ainda me deve uma bicicleta. -Eu disse parando a poucos centímetros dele.

-Amanhã, as 14:00 horas  passa nesse endereço .Sua bicicleta ta lá .

Peguei o pequeno papel cor de rosa, o endereço escrito a mão era de  um condomínio luxuoso no centro da cidade.

-Vamos ,Tom .-Um cara alto, de cabelos descoloridos gritou da entrada dos bastidores .

-To indo, Bill. A gente se ver amanhã, Sophia. -O jeito como ele pronunciou meu nome era repetido na minha cabeça durante toda a viagem de volta para casa.



terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Dor Do Amor -Capitulo 4

Cheguei cedo à faculdade, não tão cedo como eu gostaria já que tive que pegar um ônibus.
Passei pelas longas escadarias de mármores que dava no campus e segui para o antigo banco de madeira, onde Cecília e Ricardo estavam sentados, lendo um livro.

-Onde você se meteu, ontem? Seu pai me ligou varias vezes. Achei que você tivesse sido seqüestrada. – Cecília disse me abraçando.

-Ta tudo bem. Eu tive uns problemas no caminho, foi só isso.

Ricardo me olhava por cima do livro .Estava claro que ele ainda estava chateado comigo .

-Ola. -Ele disse com a voz seca. Não respondi, apenas dei um meio sorriso que na verdade significava ´´ Por favor me perdoe ´´ .

-Ah, tenho uma super novidade. To com 3 ingressos para um show de uma banda de rock ,dizem que é muito boa .Vamos ?

-Claro, vai ser legal.

Rock sempre foi minha  paixão e eu nunca perderia a chance de conhecer novas bandas .

Sentei-me ao lado de Ricardo, puxei o livro em suas mãos para ler o título .Ele não se mexeu ,normalmente teria aproveitado a oportunidade para me abraçar ou segurar minha mão ,mas dessa fez não fez nada a não ser esperar que eu devolvesse o tal livro .

Eram quase nove da noite quando Cecília e Ricardo pararam o velho mustang preto na entrada da garagem da minha casa.

-Você ta linda. –Ricardo  disse quando entrei no carro.

-Ta mesmo, amei o vestido.

Eu estava usando um vestido preto, estilo gótico e sandálias de salto na mesma cor .Era com certeza meu lock preferido .

Chegamos rápido ao local do show. Uma grande casa noturna, onde só se apresentavam grandes músicos. Em letras vermelhas lia-se  ´ TOKIO HOTEL ´´ ,esse provavelmente era o nome da tal banda .
A grande surpresa feio mesmo quando olhei a foto logo abaixo das letras. Não conseguia acreditar no que estava vendo. A tal banda era banda na qual Tom tocava .Que ótimo .

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Dor Do Amor -Capitulo 3

Abri devagar a porta de casa, não queria fazer barulho. Era tarde e meus pais possivelmente estavam muito bravos, rezava para que eles estivessem dormindo. Pois é ,não estavam .

-Onde você tava Sophia?-Minha mãe estava sentada no sofá ao lado do meu pai e sua cara não era das melhores.

-Nós ligamos para a faculdade e disseram que você nem tinha chegado lá. ÍAMOS CHAMAR A POLÍCIA!  -Meu pai não era de gritar comigo, mas desta vez ele estava realmente fora de si.

Eu ganhava muita confiança da parte deles, era uma aluna exemplar, não me envolvia em brigas e dificilmente chegava em casa tarde da noite .O problema começava quando eu fazia alguma coisa errada ,eles sempre esperavam o melhor de mim e quando eu não fazia esse melhor não ficavam só bravos ,ficavam acima de tudo decepcionados .

-Sinto muito. Eu estava indo para faculdade ai veio um carro e quase bateu na minha bicicleta, ai eu cai e o cara me levou para o hospital .Foi isso –Estiquei o braço para mostrar alguns dos machucados .

-Você está bem, filha?Quebrou alguma coisa?

-Não ,ta tudo bem .Eu vou subir ,tenho que tomar um banho e ligar para o Ricardo .Acho que perdi bastante matéria .

Ricardo era meu melhor amigo, eu sempre soube que ele me queria muito mais do que como uma amiga, mas não dava muita importância para isso, preferia fingir que não percebia suas investidas.
Ele era legal, inteligente e bonito. Por varias vezes me perguntei por que não o dava uma chance e cheguei a conclusão que tinha medo, medo de perde a sua amizade.


Sai do pequeno banheiro enrolada em uma toalha, me joguei em cima da cama e procurei o celular dentro da mochila. Dois toques e Ricardo atendeu.

-Oi .-O tom voz dele era animado ,podia quase ver o sorriso espalhando-se pelo seu rosto .

-Oi ,tudo bem ?-Respondi meio sem jeito, gostava da forma como ele me tratava, mas sempre ficava constrangida.

-Tudo, meu bem.

-Huuum .Posso te pedir um favor ?

-Claro tudo que você quiser.

-Me passa a matéria de hoje, eu tive uns problemas e não deu para mim ir ...

-Ah é isso. -A voz de Ricardo parecia repentinamente desanimada, ou melhor, decepcionada.

Ele começou a falar sem parar todas as páginas que eu teria que ler e todos os exercícios que teria que responder. Ótimo uma noite inteira acordada por culpa de Tom.

Tom... Ainda não tinha pensado nele. O que será que estaria fazendo?
Isso não me importava. Eu o odeio se lembra disso, Sophia?Espero que sim.









domingo, 26 de fevereiro de 2012

Dor Do Amor -Capitulo 2

Tom me levou para um grande hospital particular que ficava no centro da cidade .Por me levar naquele lugar em vez de um posto publico ficava claro duas coisa , ele estava realmente preocupado e com certeza tinha muito dinheiro ,não que eu me importasse com isso .

-Então ela não quebrou nada, quebrou?- Ouvi ele perguntando ao médico no lado de fora da sala enquanto eu me vestia

-Não, só alguns machucados e arranhões. Você deu muita sorte ,sua namorada podia ter se machucado muito .

-Não, ela não é minha namorada. -Senti meu rosto queimar. Será que era realmente isso que nós parecíamos?Um casal de namorados?Ri de mim mesma, ele era irritante e me tirava do serio, não importava o quanto fosse bonito, ainda era prepotente e cheio de si.

-E então, já esta pronta?-Tom perguntou entrando na sala. -Tenho que ir para o trabalho antes de te levar em casa.

-Me levar para casa?Não, não é necessário. Eu pego um ônibus.

Tom riu baixo, mas isso foi o suficiente para me enfurecer. Quem ele acha que é?

-Eu disse alguma coisa engraçada?Perguntei fazendo bico. Odiava essa mania.

-Você acha mesmo que eu vou te deixar sozinha em um hospital?Anda logo sem criancices, eu deixei o Scott sozinho no carro.

-Já disse que vou de ônibus!

-Você me obriga a ser mal-educado... -Antes que eu pudesse reagir Tom me pegou nos braços e me jogou por cima do ombro .-Obrigada ,doutor .

Ele desceu as escadarias do prédio me xingando por se debater e acertá-lo com chutes. Ninguém mandou bancar o machão, devia ter dado chutes em outras partes do corpo.

-Então, Sophia o que você faz da vida?-Tom perguntou durante a viagem, tentando quebrar o silencio que pairava como uma nevoa obscura dentro do carro.

-Jornalista, sou estudante de jornalismo. -Respondi entre dentes, enquanto fazia carinho na cabeça do cachorro.

-Hum ,eu sou guitarrista de uma banda ...

-Eu não perguntei. -O interrompi.

-Sua educação me impressiona. -Ele riu alto enquanto mudava macha e acelerava o carro.

-A sua também. Posso te perguntar uma coisa?

-Agora você quer fazer perguntas... Tudo bem.

-De onde você é?Esse sotaque carregado e a pronuncia errada de algumas palavras deixa claro que você não que daqui.

-Se fosse tivesse me deixado terminar minha frase saberia. Como eu estava dizendo, antes de uma mal-educada me interromper, sou guitarrista de uma banda alemã. Sou alemão .

Alemão...Será que todo alemão era assim tão irritante? O isso era só exclusividade de Tom?

Fiquei feliz quando o Audi aparou na entrada na minha casa, mais um segundo no mesmo ambiente que ele e eu voaria no pescoço daquele garoto.

-Não vai me convidar para entra?-Tom perguntou da janela do carro enquanto eu abria a porta.

-Não costumo chamar gente que tenta me matar para entrar na minha casa .

-Tudo bem, gostei de você, Sophia. Até logo, eu espero.
-Pois eu não .Tenha uma boa noite .

Tom riu antes de dar a partida no carro e sumir na rua escura .


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Dor Do Amor -Capitulo 1

  Acordei com o Sol no meu rosto. Compra cortinas, anotei mentalmente. Arrastei-me até o pequeno banheiro,despi o camisola cor de rosa que ganhei de presente da minha mãe e me joguei em baixo da ducha morna .

  Mais um dia longo e cansativo me esperava naquela faculdade lotada de ´´filhinhos de papai ´´. Cursa jornalismo sempre foi meu sonho, mas sentia saudades de ser livre, queria viajar, conhecer o mundo e não ficar presa em uma sala de aula.

  Desci as antigas escadas de madeira e encaminhei para a cozinha. Meu pai estava como sempre sentado, tomando uma xícara de café, escondido atrás de um jornal.

-Bom dia, papai. -Eu disse lhe dando um beijo no rosto e me sentando ao seu lado.

-Bom dia, meu anjo. Quer uma carona até a faculdade?-Ele bebeu um grande gole de café e respirou fundo.

-Não, não precisa. Eu vou de bicicleta. -Respondi com a boca cheia de bolo.

Peguei a minha antiga bicicleta, metade branca e a outra metade corroída pela ferrugem, desci a rua da minha casa em direção a avenida principal. Distraí-me com algumas casas e voltei a mim quando estava prestes a colidir com um Audi branco.
Perdi o equilíbrio e caí no asfalto extremamente quente. Imediatamente o carro   parou ,quando a porta abriu-se um grande cachorro correu na minha direção seguido por um homem alto ,com roupas largas e longas tranças ao longo do cabelo.Me fazia lembrar aqueles assassinos de filmes de ação .

-AH MEU DEUS!-Eu gritei me debatendo enquanto o cachorro lambia meu rosto.

-Calma, ele não morde. Você está bem? –O homem falou me pegando pelos ombros e me levantando.


-VOCÊ É LOUCO?!PODIA TER ME MATADO!

-Quem entrou no meio da avenida e na frente do meu carro foi você. -Ele não parecia nervoso, parecia apenas preocupado. -Você ta bem?Acho melhor te levar em um hospital...

-Não,eu não costumo entrar no carro de gente que quase mata .-Dei as costas para ele e andei com dificuldade até onde estaria minha bicicleta .Que grande cretino !Ele tinha parado em cima dela.

-Acho que você não tem escolha. A propósito, eu sou Tom e você, é?

-Alguém que você quase matou e alguém a quem você deve uma bicicleta, Tom.

Tom riu alto enquanto passa a mão na cabeça do cachorro que parecia prestes a deitar ali e adormecer.

-Eu te dou uma nova. Agora faça o favor de entrar nesse carro, não quero que digam que eu neguei socorro.

Ele praticamente me empurrou ate o carro e me forçou a sentar.

-Você ainda não disse seu nome. –Disse forçando o cachorro a entrar e se sentado no banco do motorista ao meu lado.

-Sophia.

- Sophia... Belo nome.

O resto da viagem foi em total silêncio. Ocupei-me em observa as feições de Tom. Na verdade apesar do ombro largo, peito definido e barba por fazer, dava-se para notar que ele não era muito mais velho que eu.

Após meia hora naquele carro me peguei imaginado como seria passar a língua no piercing no lábio inferior de Tom .Expulsei  rapidamente esse pensamento da minha cabeça .

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

O Amor Está Morto -Capitulo 12

A noite havia acabado de cair lá fora ,mas dessa vez não iriamos sair para caça ,íamos sair para ir embora ,outra cidade ,quem sabe outro pais .Seria muito mais fácil viver a eternidade em um lugar onde eu não conhecesse ninguém ,onde eu simplesmente esquecesse que um dia fui humana .

-Está pronta ?-Bill perguntou enquanto pegava a minha mala .

-Sim .

Ele jogou a mala nas costas ,descemos a velha escadaria ,sentiria falta das tábuas  rangendo a cada passo ,tenho que confessar que era divertido irritar Tom com o barulho .

A noite seria longa ,ate para um vampiro era uma grande distancia entre a Alemanha e a Itália ,mas seria bom .Tom iria garantir o humor com certeza .

Faltava pouco para o amanhecer quando chegamos em Roma .

-E ia ,gostou da sua nova casa ?-Bill perguntou largando a mala no chão e passando o braço pela minha cintura .

-Perfeita .Eu nunca tinha saido de Berlim ,é tão lindo .-Ele sorriu e deu um beijo no meu rosto .

-Bem vinda ao começo da eternidade ,anjo .Está com medo ?

-Não ,eu quero a eternidade e muito mais ao seu lado .Eu vou aonde você for ,por que naquela noite quando a gente se encontrou pela primeira vez eu entreguei o meu coração e a minha vida a você .

-E se eu não souber aonde ir?-Ele me perguntou olhando nos meus olhos .

-Eu não me importo de me perde com você.

Um sorriso se abriu nos lábios de Bill ,não se parecia com nenhum que eu já tinha visto .Não era irônico ,nem prepotente ,era um sorriso semelhante ao de uma criança .
De novo seus lábios tocaram os meus , a mesma sensação de estar completa ,ele seria meu para sempre .

THE END !

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O Amor Está Morto -Capitulo 11

Lá estava Bill deitado ao meu lado .Era quase como estar deitada ao lado de um anjo ,o mais belo deles .Nenhuma palavra ,nenhum movimento ,estavas apenas lá ,parados olhando um para o outro.Um lençol branco cobria a parte de baixo dos nossos corpos ,eu tinha cabeça pousada sobre o peito de Bill e ele passava as mãos sobre os meus cabelos .

Essa cena maravilhosa foi interrompida por Tom que entrou batendo a porta do quarto e me fazendo gritar e puxar o velho lençol para mim .

-VOCÊ NÃO SABE BATER NA PORTA NÃO ?!-Bill pulou na frente de Tom pronto para uma briga .

-Desculpa ,não to acostumado com o meu irmãozinho com mulheres em casa .-Ele deu um sorriso safado que me lembrou o de Bill .-Não perdeu tempo, em?Bom,eu só vim trazer essa roupas para ela .Alice mandou .Mas,se não quiser usar ....

-Tudo bem ,chaga ,vai saindo -Bill empurrou Tom ate a porta e bateu com força .-Me desculpe por isso .

-Que constrangedor .-Eu estava envergonhada,mas ao mesmo tempo reprimia a enorme vontade de rir .

-Vamos ,é melhor a gente descer .

Bill e eu nos vestimos e descemos pela mesma escada antiga ate uma grande sala de jantar iluminada por um velho lustre .Tudo lá aprecia ter  trés séculos de vida no mínimo o que deixava a decoração bastante charmosa .

Alice estava debruçada sobre a a mesa de carvalho .Seis taças estavam estrategicamente posicionadas .Ela cantarolava enquanto arrumava um grande arranjo de rosas vermelhas ,mas se virou bruscamente quando entrei segurando a mão de Bill .

-Bem vinda a família -Ela disse me dando um delicado abraço e um sorriso hospitaleiro .

-É, bem vinda ,Clara -Gustav disse no outro lado da sala .

-Eu não preciso dizer nada ,Bill já deu as boas vindas por mim .-Tom deu um piscadela e sorriu de forma irritante .Mais uma palavra sobre a minha vida sexual e eu voaria no pescoço dele .

-Desculpe por ele ,Clara .Seja bem vinda .-Georg parou na minha frente e deu um beijo no meu rosto .Eu conhecia aquele toque ,era tão familiar quanto a minha imagem no espelho .Imediatamente o puxei para um abraço apertado e afetuoso .

-E-eu pensei que você ...pensei que você tinha morrido .

-Não ...Clarinha ?A minha Clarinha ?!-Um grande sorriso se abriu no rosto dele ,enquanto o restante da sala parecia confusa .Bill me olhava espantado , senti necessidade de explicar o que estava acontecendo .

-O Georg era assistente do médico que cuidava de mim quando eu era criança .Ele era meu melhor amigo ,ai um dia ele simplesmente sumiu .Eu pensei que ele estivesse morto ,mas não estar .-Pequenas gostas de sangue escorriam pelo meu rosto enquanto eu falava ,ainda não tinha me acostumado a chorar sangue ,mas não me importava com isso naquele momento .

-Bill me encontrou ,eu tinha sofrido um acidente de carro e caído de um barranco .Estava morrendo ,então ele me transformou .

-Obrigada .-Eu dei um beijo no rosto de Bill ,mas esse me puxou para mais um de seus beijos famintos e quase selvagens .O ciúme estava  claro nos olhos vermelhos vivos dele ,mas isso não seria um problema .

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O Amor Está Morto -Capitulo 10

Antes que a manhã caísse lá fora ,Bill e eu fomos para onde seria a parti daquele momento minha nova casa .

-Já estamos chegando ?-Eu perguntei enquanto pulava de um prédio para o outro no centro da cidade .

-Quase .-Ele respondeu concentrado no caminho a sua frente ,mas ainda sim sorrindo .

Paramos em frente a um antigo casarão perto da entrada da cidade ,era velho ,mas parecia bem cuidado .Bill abriu a velha porta de madeira e fez um gesto para que eu entrasse .

-Bem vinda nova casa

Eu examinei cada canto ,não havia janelas ,apenas a velha porta de carvalho que Bill havia fechado a nossas costas .

-Sem janelas ?

-Agora que você é uma vampira tem unas coisas que deve saber :O Sol pode te queimar ate a morte .-De novo aquele sorriso irônico e irritante .

-Onde eu vou ...Eu durmo ?

-Não ,mas você vai ficar no meu ...eu achei que talvez você quisesse ficar no meu quarto ,mas se você não quiser ...

-Seu quarto é perfeito .-Dei uma risada baixa ao reparar que  Bill estava totalmente desconcertado .

Subimos uma velha escadaria de madeira que devia ter pelo menos trés séculos e rangia a cada passo nosso .Bill abriu uma velha porta parecendo envergonhado .O quarto era grande ,iluminado apenas por algumas velas ,não tinha cama apenas um sofá e alguns livros .

-Não é o melhor quarto da casa ...

-É perfeito .-Me aproximei devagar ,entrelacei meu dedos nos cabelos negros de Bill e o beijei lentamente ,o beijo não era mais tão frio quanto antes ,era ainda mais perfeito ,era natural como encontrar uma parte sua perdida a muito tempo .Dessa vez Bill não se afastou ,só ficou lá .

-Promete que vai cuidar de mim ?-Perguntei com o rosto afundado em seu peito ,podia sentir os lábios de Bill no topo da minha cabeça .

-Sempre ,anjo .Sempre .-Ele levantou meu rosto de vagar e me beijou novamente ,mas não como antes dessa vez não era delicado como nos outros poucos beijos que tivemos ,era quase selvagem ,quase faminto e quase desesperado .

-Vampiros se reproduzem ?-Perguntei no intervalo rápido entre um beijo e outro .

-Não ,mas adoramos tentar .É divertido .

O sorriso irônico de Bill deu lugar a um sorriso meio safado ,meio sedutor ,enquanto ele me empurrava para o velho sofá preto e abria os botões da blusa branca que roubamos de uma paciente adormecida no hospital .
Em pouco tempo minhas roupas estavam jogadas no outro lado do comodo e Bill beijava todo contorno do meu pescoço ,subindo ate minha boca e descendo novamente pelo meus braços ,barrigas ,cochas ,pernas ...

domingo, 12 de fevereiro de 2012

O Amor Está Morto -Capitulo 9

Bill apareceu naquela noite acompanhado ,Gustav e Georg estavam com ele .De novo a a sensação irritante de conhecer Georg mesmo não lembrando de onde .Gustav não falava muito ,eu já tinha me acostumado com isso ,ele apenas de um sorriso que eu retribui com esforço .Era difícil sorri sentindo tanta dor .

-Oi .-Bill disse se aproximando de mim e me dando um beijo longo e estalado na testa ,eu realmente preferia que fosse em outro lugar .

-Pensou ?-Perguntei evitando olha-lo nos olhos .

-Pensei .Você quer realmente isso ?Quer abrir mão de sua alma por mim ?

-Você sabe que sim .-Bill não disse nada apenas caminhou pelo quarto me examinando de longe .

-E a sua família ?

-Eles se prepararam a minha vida toda para me perde .

-Anjo,isso não tem volta ...-Bill segurou minha mãe evitando me olhar nos olhos .Suspirei fundo para deixar claro que já estava descida .-Tudo bem .

Virei meu pescoço de forma que ficasse a pouco centímetros de sua boca .Bill beijou todo o contorno do meu pescoço e sem aviso nenhum cravou os dentes pontiagudos nele .
A dor era maior do que qualquer uma que eu já havia sentido tomou conta de mim ,parecia que estava colocando fogo em cada órgão ,cada veia ,cada músculo do meu corpo .

-BILL CHEGA !

-VOCÊ VAI MATAR ELA !

Eu ouvia Gustav e Georg gritando e lutando para tirar Bill do meu pescoço ,mas não conseguia abrir os olhos ,não conseguia me mexer ,a única coisa que fazia era sentir o veneno tomar conta de todo e o meu corpo .Alguma coisa me deixava aos poucos ,a humanidade .
Quando finalmente Bill tirou os dentes do meu pescoço eu cai como um a boneca de pano na cama .

-Você vai parecer morta por algumas horas ,é o tempo que temos para sua família perceber sua morte .Quando você acorda eu vou estar aqui .-Bill falava junto ao meu ouvido ,queria segurar sua mão e pedir para que ele ficasse ,queria dizer que estava com medo ,mas simplesmente não conseguia abrir a boca .

O aparelho que media meus batimentos cardíacos finalmente parou ,ouvi os médicos correndo e entrando apressados no quarto ,ouvi a contagem regressiva e senti os choques no meu peito ,mas não sentia dor alguma ,não fazia movimento algum ,era como se eu estivesse vendo apenas uma cena de um filme.

O choro e os gritos da minha mãe ressoavam em meus ouvidos ,queria consola-la ,dizer que eu estava bem ,que ainda estava lá ,não podia .

A noite caiu lentamente e aos poucos fui recuperando os movimentos do meu corpo .Estava  em uma sala escura ,rodeada de corpos ,provavelmente muito fria ,mas eu não podia saber apenas não sentia nem frio e nem calor ,nada .


-Oi ,anjo .-Bill apareceu de vagar ,saindo de entre duas mesas e parecendo preocupado .-Como você etá se sentindo ?

-Eu não sei .-Respondi assustada .-Eu escuto a pulsação de pessoas do outro lado da cidade ,lembro de cada momento da minha vida ...

-Calma ,é normal .Aos poucos isso melhora ,você acostuma .-Bill me abraçou ,seus braços não eram mais tão frios como antes .

-Como eu estou ?-Perguntei com o rosto afundado em seu peito .

-Linda .-Passei a mão pela minha cabeça ,longos cabelos negros haviam crescido e caiam em uma cascata escura de cachos ate os meus quadris .

-Eu quero me ver .-Bill pegou um instrumento metálico ,provavelmente usado para fazer a necropsia  dos corpo .Olhei assustada ,minha aparência era totalmente diferente do que me lembrava .Minha pele estava tão pálida quanto a de Bill e os olhos tão vermelhos quanto sangue .

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O Amor Está Morto -Capitulo 8

Acordei cedo naquele dia ,mas não por falta de sono e sim para fazer uma coisa que já estava virando rotina ,vomitar ate não conseguir mais .Mas naquele dia foi diferente ,mais forte ,eu simplesmente não aguentava mais a dor ,essa doença estava e matando aos poucos de forma lenta e dolorosa .

-Mãe !-Eu gritei sentada no chão do meu banheiro .Ela chegou correndo e muito assutada, tudo que fez foi gritar pelo meu pai para que me levasse de volta ao hospital ,como se fosse servi de alguma coisa .

Cheguei lá pouco antes do meio-dia e antes do anoitecer eu já tinha tomado pelo menso 5 doses de soro ,soro perdido .Todos ali sabiam que eu não sobreviveria ,era apenas perca de tempo .

A noite cia lentamente lá fora e dentro do meu quarto apenas a luz de uma velha luminária e uma televisão antiga me faziam companhia .Nos primeiros minutos da noite senti falta de Bill ,nos seguintes pensei telo visto correr pelo lado de fora do prédio e nas horas seguinte cheguei a conclusão de estava delirando ,mas não estava, passava-se da meia noite quando alguém bateu no lado de fora da janela ,era ele .

Eu não podia acreditar ,lá estava ele parado na minha frente .Era a visão do céu ,eu tinha certeza .Bill estava com os cabelos bagunçados e sujos ,assim como as suas roupas que também estavam sujas e rasgadas .Ele parecia abatido ,devia estar sem se alimentar a dias ,os olhos vermelhos que brilhavam na escuridão do meu quarto confirmavam  isso .

-Me desculpe .-Bill disse se sentando ao meu lado na cama e apoiando minha cabeça em seu ombro .

-Onde você estava ?-Eu perguntei no tom de voz  mais alto que eu conseguia ,não passava de um mero sussurro .

-Não importa ,agora eu estou aqui não estou ?-Ele sorria ,mas a preocupação e ate mesmo o medo era evidentes nos seus olhos .-Clara ,não me deixa por favor ,não se vai agora que eu voltei .

Eu senti as frias gotas de sangue caindo no topo da minha cabeça ,ele estava chorando isso doía mais em mim do que nele ,ve-lo chorar ,sofrer ...por minha causa era muito para mim .Eu queria abraça-lo ,secar suas lágrimas e dizer que tudo ia ficar bem ,mas não ia .

-Bill...você não precisa me deixar ir .Me transforma .

-Eu não posso ,não posso deixar que você condene sua alma por minha causa .

-Você condenou a sua por Tom .

-É diferente !

-Não Bill,não é .-Fiz um grande esforço para me virar e olha-lo nos olhos .-Eu vou morrer Bill .Eu to com medo ,não quero ir ,não agora .Faz isso por mim ,por nós .

Como de costume Bill ia sumir pela escuridão ,mas eu o segurei pelo puço ,praticamente supliquei para que não fosse .

-Promete que vai pensar nisso ?-Eu disse me ajeitando de novo no peito dele .

-Prometo ,mas não crie muitas esperanças .

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O Amor Está Morto -Capitulo 7

As horas viram dias e os dias viram anos ,a dor que  consumia meu corpo nem se comparava coma que consumia a minha alma .Eu confiei nele de todas as formas,mas isso não foi o bastante para faze-lo ficar .Por que não me levou com ele ?

A grande verdade era que estava cada vez mais difícil para mim continuar ,sem Bill eu não tinha mais nenhum motivo para continuar lutando pela vida ,só queria deitar na minha cama e esperar a morte me encontrar .

A chuva caia lá fora e eu estava quase adormecendo quando vi duas figuras conhecidas dependuradas na minha janela ,Tom e Alice .

-Podemos entrar ?-Alice perguntou quando eu abri a janela .Só naquele momento eu percebi que ela tinha um forte sotaque russo .

-Claro ,vocês podem entrar .

Tom entrou primeiro e depois ajudou Alice ,os dois viram-se para mim com os sorriso mais forçado do mundo .

-Como você está ?-Tom perguntou com uma voz baixa e suave .

-Como você acha que eu estou ?-Só não era mais baixa que a minha ,eu estava só pele e ossos e minha voz era um sussurro .

-Clara,eu sei como você deve estar se sentindo .-Alice se sentou ao meu lado e segurou minha mão .-Mas nós só viemos aqui para dizer que Bill só fez isso para te proteger .E quando ele achar que deve voltar ele vai voltar .

-Onde ele está ?

-Nos não sabemos .-Tom deu um longo suspiro e sentou-se a minha frente .-Olha, isso é difícil para ele também .Ele não tem um passado muito bom ,Clara .Isso aqui não é Crepúsculo .

-O que aconteceu de tão terrível no passado dele que possa fazer-lo me abandonar ?

-Você não é a primeira humana por quem Bill se apaixona .Foi a uns cem anos atrás ,ele conheceu uma moça e se apaixonou por ela ,então um dia eles ...eles se beijaram e Bill atacou a garota e sugou ate a ultima gota de sangue dela .Foi isso que aconteceu de tão terrível no passado dele .

Eu sentia as  lágrimas caírem sem controle e encharcarem meu camisola branco .Por que ele me escondeu isso ?Eu não sou essa garota ...ele não ia me matar ,nunca .Eu sei disso .

-Clara ,Bill nunca quis se transforma em um vampiro, ele considera essa condição como uma maldição ,ele só fez isso por Tom e eu .Quando eu contei a Tom o que eu era ele não teve medo nem fugiu ,Tom pediu para que eu o transformasse ,mas ele não conseguiria abandonar o irmão então Bill abriu mão da vida humana dele .

-Nós tivemos que ver toda a nossa família morrer ,Clara .Isso não é fácil para ninguém ,muito menos para ele .Só quero te pedir para perdoa-lo ,Bill  fez isso por que te ama .

Quando os dois foram embora pouco antes do amanhece, eu só tinha certeza de duas coisa ,Bill ia voltar e a outra era o que eu o obrigaria a fazer .

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

O Amor Está Morto -Capitulo 6

Os dias que se seguintes foram mergulhados em total escuridão ,Bill havia sumido desde o nosso beijo ,eu estava cada dia mais doente e tinha medo de parti sem vê-lo por uma ultima vez .

Tinha acabado de anoitecer quando Larissa e minha mãe foram embora ,segundo elas eu estava melhorando e poderia ir para casa .Eu sabia que não ,sabia isso era um sinal da minha morte eminente ,ir para casa significava passar os últimos dias com a minha família .

-Vamos filha,já pegou todas as suas coisa ?-Minha mãe perguntou na manhã seguinte ,com um sorriso forçado no rosto .

-Já ,podemos ir.-Ela me ajudou a ir ate o carro e partimos .Durante todo o caminho Bill passava pela minha cabeça ,como ele ia saber que eu estava em casa ?Como saberia que eu ainda não tinha morrido ?E se soubesse será que me procuraria para um último beijo ?

-Bem vinda de volta .-Ela disse quando chegamos ao meu quarto .
Fazia tanto tempo que eu não voltava para casa que nem me lembrava ao certo como ela era .

O restante do dia passei sozinha trancada no quarto ,não queria conversa ,só queria ficar lá deitada e esperar a hora de ir embora .Bill tinha desaparecido e alguma coisa dentro de mim também .
Acabei adormecendo e só acordei a noite com alguém batendo na janela ,era ele .Meu coração  pulava de tanta alegria ,ele estava ali ,e se estava era por que sentia minha falta .

-Posso entra ?-Ele perguntou na mesma voz doce de sempre .Não respondi apenas fiz que sim com a cabeça .-Não,você tem que dizer que eu posso entrar .

-E o que acontece se eu não dizer ?-Eu perguntei curiosa .

-Você vai ver .-Bill pulou a janela e assim que colocou os pés nos chão caiu sagrando e gritando de dor .

-PODE ENTRAR !PODE ENTRAR !-Eu gritava desesperada vendo aquela sena a minha frente ,ele estava de uma certa forma morrendo .

-Eu sabia que você não me deixaria sangrar ate morrer .-Bill se levantou e limpou o sangue que escorria da sua boca .

-Me desculpe ,eu não sabia eu juro .Se soube eu nunca ...

-Cala a boca ,você fala de mais -Ele disse se sentando ao meu lado e me abraçando .-Senti saudades .

-Eu também .

Bill levantou meu rosto devagar e se aproximou ,meu coração acelerou enquanto os lábios dele se abriam .Eu sabia o que significava ,de volta ao paraíso .
De novo seus lábios gelados nos meus ,de novo sua língua fria na minha e de novo a sensação de estar completa .

-Tenho que te falar uma coisa .-Ele disse se afastando ,agora com um tom serio que me lembrava meu pai quando me dava uma bronca .-O que você tinha na cabeça quando me beijou ?Eu podia ter te matado !Já aconteceu uma vez e eu não quero passar por isso de novo!

-O que já aconteceu uma vez ?

-Clara ,eu sei que você está apaixonada por mim e sei que eu também estou por você,mas não importa a minha aparência  ou minha voz ou ate mesmo o meu jeito ,eu não sou bom .Já fui pior,mas ainda sim não sou bom .Eu podia ter te matado naquela noite e podia ter te matado agora .É por isso que eu to indo embora ,eu só ...só queria te ver pela ultima vez .

Bill abaixou seu rosto e vi pequenas gotas de sangue caindo no chão branco do meu quarto ,ia começar a gritar quando percebi que não eram gotas de sangue e sim lágrimas .Ele estava chorando .

-Não vai .-Eu o abracei o mais forte que pude enquanto limpava suas lágrimas com as pontas dos dedos .

-Eu preciso ,não vou matar outra pessoa que amo .

Bill me forçou a tirar os braços que estava em volta da sua cintura e se jogou para a escuridão da rua lá fora .

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O Amor Está Morto -Capitulo 5

Acordei naquela manhã com a cabeça latejando ,uma dor insuportável tomava conta de todo o meu corpo,mas ainda sim o que se passava pela minha cabeça era algo totalmente diferente .As coisas que aconteceram na noite anterior tinha me deixado ainda mais confusa ,a grande verdade era que eu eu ainda não tinha certeza se tudo o que tem acontecido nos últimos  dias são realmente reais ou fruto da minha imaginação .

Por que Tom havia me apresentado sua esposa ?

Por que eu tinha certeza que conhecia Georg ,mesmo não me lembrando de onde ?

Nenhuma dessa perguntas faziam sentido muito menos as respostas que eu havia formulado .

Eu fui consumida pela dor durante todo o dia ,ainda sim esperei ansiosa o anoitecer ,iria por Bill contra a parede ,ele me devia muitas respostas .

Quando o crepúsculo caiu lá fora e logo depois quando o Sol deu lugar a uma lua grande e brilhante eu não me continha de ansiedade .Aonde estava ele afinal ?

-Oi ,Clara .-Como de costume lá estava Bill dependurado na janela e me olhando com o mesmo sorriso que sempre me provocava um misto de encanto e raiva .

-Você me deve algumas respostas sobre a noite de ontem .

-Respostas ?Achei que tudo estivesse bastante claro .-Ele deu uma risadinha quase maliciosa ,por alguns segundos tive vontade de empurra-lo lá em baixo .Como era prepotente .

-Por que Tom me apresentou sua esposa ?-Eu disse indo até ele e ficando nas pontas dos pés para que pudesse olhar em seus olhos .

-Para que você soubesse o que leva um humano a transforma-se em um vampiro .

-Não entendi .

-O Tom não ler mente como nos filmes ,mas ele sente ,sente o que as pessoas ,humanos,que estão ao seu redor sente .Dor ,medo ...amor .Enfim ,ele sentiu uma grande energia vindo de você encaminhada para um de nós .

-Ainda não consigo entender .

-Tudo bem ,vou ser mais claro .-Bill  se levantou e ficou a poucos centímetros  de mim .-Ele sentiu que você está se apaixonando por um de nós ,ele não sabe quem,mas tem alguém .

-E oque Alice tem a ver com isso ?-Meu coração estava começando a se acelerar e naquele momento eu pensei o quanto devia ser feia aos olhos de Bill .

-Tem a ver que ela é o motivo pelo qual ele se transformo ,Tom  só queria que você entendesse que amar um vampiro requer sacrifícios .

Bill caminhou pelo quarto e depois voltou até mim .A expressão dele era seria como eu nunca tinha visto antes ,por alguns segundos o tom prepotente e cheio de si sumiu de sua voz agora ela era doce e suave ,quase como se ele estivesse cantando para mim dormi .

-Quem é ,Clara ?

-Quem é o que ?

-Por quem você está apaixonada ?
Eu me aproximei mais de forma que apenas uma fina corrente de ar nos separava ,pela primeira vez fui eu quem o toquei ,ele frio ,mas ainda sim tinha uma pele macia .

-Por você .-Eu disse em um sussurro .
Meus lábios se abriram devagar e encontraram os deles ,encaixe perfeito .Os lábios frios dele tocando os meus ,a sua língua tão gelada quanto um cubo de gelo passando levemente pela minha ,eu podia beija-lo para sempre .

A parti daquele momento aquela boca gelada era tudo que eu precisava para sobreviver .
Infelizmente coma mesma rapidez com que el se aproximou ele se afastou e sumiu na noite escura ,deixando apenas o gosto doce da sua boca na minha ,o gosto de sangue .

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O Amor Está Morto -Capitulo 4

Bill me levou ate uma rua sem saida ,escura e totalmente deserta .Lugar perfeito para ser morta por um vampiro .A verdade era que eu ainda não confiava totalmente nele e estava começando a me arrepender de ter deixado o hospital ,e se eu passasse mal ?

-Chegamos !Olha ,lá estão eles .-Olhei para onde Bill apontava .Georg e Gustav estava encostado em uma mureta conversando mas pararam quando nós chegamos e Tom estava acompanhado de uma garota que eu não conhecia .

-Quem é ?-Perguntei a Bill .

-A pessoa que Tom queria te apresentar .TOM,VEM CÁ !-Tom pegou a mão da garota e vieram ate nós .

-Oi Clara .-Ele disse abrindo um sorriso .-Essa é Alice ,minha esposa .-Olhei por alguns segundos para a Alice ,ela era baixa ,tinha longos cabelos negros que lembravam os meus antes da quimioterapia ,a sua pele e olhos eram muito claros o que deixava obvio que ela também era uma vampira .

-Ola Clara .-A sua voz era suave .

-Oi .-Olhei para Bill esperando receber alguma resposta ,o por que de estar sendo apresentada a ela,mas tudo que ganhei foi quele sorriso doce e extremamente irritante .

Georg e Gustav vieram nos ate onde estávamos e pela primeira vez ao observa direito o rosto de Georg eu vi algo familiar ,eu o conhecia antes daquela noite ,mas não lembrava de onde .

-A ... quanto tempo você foi transformado ?-Eu perguntei por fim a ele .

Georg ficou em silêncio e foi Bill quem respondeu .

-10 anos .

-Eu o conheço ,não sei de onde ,mas o conheço .

-Tudo bem, Clara .É melhor eu te levar de volta .Vamos.-Bill me levou de volta ate a porta do hospital .

-Preparada ?

-Sim .-Ele me pegou nos braços e dessa vez mantive os olhos abertos ,ele não voava ou  se tele-transportava,Bill escalou rapidamente o edifício ate a minha janela   .

-Tenho que ir ,já ta amanhecendo .-Ele passou a mão pelo meu rosto ,a mesma sensação de frio já familiar .-Se cuida .

Bill se jogou para tras e desapareceu .

-Cuida de mim .-Falei em um sussurro logo depois dele desaparecer .

sábado, 4 de fevereiro de 2012

O Amor Está Morto -Capitulo 3

O dia tinha sido longo e cansativo ,eu estava simplesmente exausta .Mas por algum motivo ,que no fundo eu sabia qual,passei o dia inteiro esperando que anoitecesse .
Passava-se das 8 horas da noite e nada de Bill ou qual quer outro vampiro .

-Me esqueceram .-Pensei comigo mesma fechando a janela e voltando para a cama .

Eu tinha acabado de deitar quando ouvi um estalo ,era ele sem duvida era ele .Bill estava sentado no para-peito da janela sorrindo docemente para mim .

-Ola ,Clarinha -Ele foi ate minha cama e me pegou no colo .

-Que porra é essa que você tá fazendo ?

-A quanto tempo você não sai desse quarto ?-O sorriso angelical continuava lá e estava começando a me irritar .

-Um mês- Respondi entredentes .

-Que tal um passeio ?Prometo te trazer de volta sã e salva .

-E se a resposta for ´´não´´ ?

-Ai eu vou te levar a força .Vamos ,vai ser legal .Os outros estão te esperando para um passeio e Tom tem alguém para te apresentar .

-Por que vocês estão sendo legais comigo ?Eu já disse que não vou contar ,não precisa dessa bajulação .

-Bom ,acredite ou não eu gostei de você .Agora chega de perguntas ,vamos .É  melhor você se segurar .-

Eu nem ao menos tive tempo de perguntar o por que ,Bill correr em uma velocidade assustadora .

-Confia em mim ?-Ele perguntou ,em pé no para -peito da janela .

-Vamos descobrir .-Só tive tempo para apertar os braços em volta dele e fechar os olhos e então ele mergulhou para o nada .

-Vamos ,pode abrir já chegamos .-Bill me colocou de volta ao chão ,nos estávamos em pé vários andares abaixo do andar onde ficava o meu quarto .Olhei para cima e vi a cortina branca com flores que minha mãe havia colocado voando com o vento .

Vento este que batia no meu rosto me lembrando que eu ainda estava viva embora não admitisse para mim mesma .

-Vem ,por aqui .EU acho .-Bill pegou minha mão e me puxou para uma parte reservada da rua .

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

O Amor Está Morto -Capitulo 2

Acordei no meu quarto com a luz do Sol no meu rosto .Como eu tinha vindo parar ali ?Como aqueles ...pessoas sabiam onde era o meu quarto ?Por que não tinham me matado ?Essa perguntas giravam na minha mente como um vírus quando minha mãe entrou .

-Bom dia,meu anjo .-Ela disse me dando um beijo no rosto e observando o minha expressão .-Você parece nervosa ,ta tudo bem ?

-Tá ,ta sim ...Eu só to nervosa com a quimioterapia  de hoje ,você sabe como eu odeio .-Me esforcei ao máximo para dar um sorriso convincente .

O restante do dia foi normal ,ou o que é considerado pára mim .Vários exames ,remédios e mais remédios .Eu não entendi porque tudo isso todos sabia que eu iria morrer ,eu sabia ,minha mãe sabia ,minha família e principalmente os médicos ,continuar com isso era hipocrisia .

Pouco antes de anoitecer e minha mãe ir embora ,minha irmã Larissa e minha melhor amiga Audrey vieram me visitar .Era bom ver elas ,colocar o papo em dia e esquecer um pouco de doenças e morte .Quando elas estavam por perto eu lembrava que também era uma adolescente .

Durante toda conversa passou pela minha cabeça contar para elas da noite passada ,mas eu avia prometido para Bill que não contaria e não iria quebrar minha promessa por mais absurda que fosse .

O crepúsculo avia acabado de cair quando a minha mãe e as meninas se despediram e foram embora .Novamente só ,pensei comigo mesma.

Não tão sozinha assim ,logo depois que a noite caiu por completo ouvi um barulho vindo da janela .Era ele .
Bill estava dependurado no lado de fora ,abaixo dele avia um precipício  de 20 anadares ,uma queda de lá seria falta ,mas só depois de me desesperar e correr para abrir a janela foi que me toquei que ele não era humano .

-Eu te assustei ?-Ele perguntou pulando com agilidade para dentro do quarto .

-Eu não tenho medo de você .-Tentei fazer a cara mais indiferente possível ,mas era difícil estando na presença dele .

-Mas deveria ,Clara .

-Por que ?

-Por que eu sou o predador mais perigoso do planeta .Por isso .-Ele queria que eu tivesse medo mas eu simplesmente não tinha .Ele representava de uma certa forma a morte e eu sempre fui encantada pela morte .Mesmo ela estando tão próxima de mim quanto Bill estava agora eu nunca tinha tido medo dela e não teria agora que ela tinha assumido uma aparência que se encaixaria melhor para um anjo do que para a própria morte .

-Posso te fazer uma pergunta ?-Eu me aproximei mais dele para examinar sua expressão ,mas ele não transmitia nada ,absolutamente nada .

-Eu provavelmente não a responderei ,mas você pode tentar .

-Que parte do que dizem sobre vampiros é verdade ?

-Huuum ...-Bill levantou a mão com os dedos abertos .-Nós nos alimentamos de sangue ?Sim -Ele baixou um dedo .-Nós não saímos na luz do dia?Sim .-Ele abaixou outro dedo e fez isso cada fez que falava um fato sobre os vampiros de uma forma irônica  ,quase zombando da minha cara .-Água benta ?Da até para beber .Acho que é só isso que você precisa saber .

Tentei parecer calma ,mas não estava a presença dele me encantava e me incomodava .

-E os outros ?

-Estão se alimentando ?-Ele respondeu sentado-se na minha cama .

-E por que diabos você não esta com eles ?

-Vi te ver ,sabe se você estava bem .Gostei de você se manteve calma mesmo diante da morte evidente .

-Pois é ,eu estou acostumada com isso .-Ele me olhou curioso se aproximou e tocou o lado esquerdo do meu rosto com os seus dendos gelado .-Você me da frio .

-E seu sangue cheira a remédio ,nem por isso estou reclamando .Bom ,a gente se ver ,Clara .

Ele caminhou ate a janela e se jogou ,em um movimento extintivo  corri até lá mas ele avia sumido e não caído .

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O Amor Está Morto -Capitulo 1

Eu poderia dizer que sempre fui uma garota feliz e equilibrada, mas eu estaria mentindo. Não era que eu fosse esquisita ou algo do tipo eu simplesmente não era feliz, era só que eu tinha uma mentalidade diferente das outras pessoas. Ser feliz para mim era me manter no meu próprio mundo, mas sempre parecia que estava me faltando algo, ate o dia em que eu o conheci.

Era uma tarde quente, devo dizer quente demais e eu estava como sempre desde que me lembro trancada em um quarto de hospital. Tenho 16 anos e luto desde os 3 contra a leucemia ,os médicos dizem que sou um milagre ,para eles eu não passaria dos 6 anos de idade .Acho que eles pensam que eu devo me orgulhar disso .


-Você vai ficar bem, meu amor?-Perguntou minha mãe na porta do quarto no final daquela tarde.

-Vou. – Não ia, mas já fazia 3 dias que ela estava comigo e eu sabia o quanto ela estava cansada. Se essa doença me levar para sempre tudo bem, mas não quero que ela mate minha família também.

-Eu volto amanhã bem cedo, descansa você tem quimioterapia amanhã. Eu te amo.

-Também te amo.

Quando ela saiu eu pude me trancar no meu mundo particular novamente, ´´ O maravilhoso mundo de Clara´´ .Pensar na sessão de quimioterapia na tarde seguinte me dava uma enorme vontade de chorar como uma criança .Fazia anos que eu fazia esse tratamento e estava servindo apenas para me matar mais rápido.

Passei a mão pelo lenço preto com caveiras na minha cabeça e sai para meu costumeiro passeio noturno pelos corredores vazios e frios do hospital. Devo admitir que caminhar era bem doloroso ,mas era minha parte preferida do dia .

Passei por alguns corredores e parei na frente do banco de sangue depois de ouvir alguns ruídos vindos de dentro do cômodo. Abri a porta de vagar e me choquei coma cena a minha frente.

Quatro garotos estavam parados a minha frente, segurando cada um uma bolsa de sangue pela metade.


-Não grite!-Disse o mais alto deles vindo em minha direção. Ele era extremamente alto ,com cabelos negros e arrepiados ,os olhos que antes estavam avermelhados agora assumiam um tom de uma castanho profundo ,ele trajava roupas pretas e tinha os  olhos marcados  por uma maquiagem carregada .

-O-o que vocês são?-Eu perguntei me afastando e encostando as minhas costas na porta. –Vocês são... Vampiros?

-Sim. -Respondeu ele com um tom de voz serio, mas ainda sim suave. Eu sou Bill. Ele é meu irmão gêmeo,Tom .-Bill apontou para um garoto com rosto muito parecido com o dele .Tom era um pouco mais baixo ,tinha tranças ao longo dos cabelos e usava roupas pelo menos 10 números maior que o dele .-E aqueles são Gustav e Georg .-Estes eram mais baixos ,mas não menos bonitos .Georg, tinha longos cabelos castanho-claros que caiam ate os ombros e olhos que agora assumiam os tom de um verde profundo e penetrante .Gustav ,era loiro e com um rosto amistoso .

-E-eu sou... C-Clara.


-Não precisa ter medo ,Clara .-Eu deveria mas não estava com medo ,ao contrario estava encantada com aquele garoto parado a poucos centímetros de mim .-Olha, você não pode contar o que viu aqui ...-Ele apertou meus ombros ,suas mãos eram frias como gelo e me fizeram estremecer .
 

-Eu não vou ...

Assim que Bill tirou as mãos de mim senti o teto girar, eu sabia o que significava, eu iria desmaia. ´´Odeio esse tratamento´´, pensei antes de tudo ficar escuro