“Todo mundo precisa de um amor pra si – Eu preciso do meu amor agora, preciso confiar em alguém, preciso contar meus segredos. Eu preciso de alguém, que possa me fazer inteira novamente.”
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Bill levantou-se me silêncio do sofá e me levou pela mão. Subimos a escada de vagar, qualquer misero barulho nos denunciaria.
A escada levava a um longo e escuro corredor. Era estranho caminhar sem saber onde estava, mas Bill parecia bastante seguro por isso o segui sem receio. Alguns pucos passou depois uma tabua rangeu sobre os meus pés me fazendo pular.
-Desculpe. Eu devia ter te avisado que tinha algumas tabuas soltas. -Ele sussurrou perto do meu ouvido.
Entramos em um quarto no final do corredor, era escuro demais para ver onde as paredes começavam ou acabavam. Tudo que eu conseguia fazer era ouvir, ouvir Bill caminhando ate a porta novamente enquanto eu ficava paralisada no meio do comodo e puxar alguma coisa pesada para bloquear a entrada.
Ele mexeu na bolsa que carregava consigo e retirou uma lanterna. Suspirei aliviada por isso.
O quarto era menos do que eu imaginará, as paredes pintadas de rosa claro e desbotado. Na frente da porta uma comoda branca que parecia pesada, ao meu lado uma cama da mesma cor desarrumada e uma janela bloqueada por tabuas atrás de mim.
-Não é um cinco estralas, mas é o que temos para hoje. -Bill disse rindo e se jogando na cama. -Eu to tão cansado... Parece que corri uma maratona.
Continuei a observa-lo. Eu nunca tinha conhecido alguém como ele. Era bonito, inacreditavelmente bonito, como um anjo, os olhos escuros e expressivos, os cabelos descoloridos e a barba por fazer, a pele pálida apesar da exposição ao sol, os ombros largos e alguns piercings espalhados pelo rosto e tatuagens pelo corpo que lhe davam uma áurea de mistério e talvez perigo.
Me deixei cair no canto da parede e apoiei as cortas com a mochila, não era exatamente confortável, mas era suportável.
-Você acha que vai dormi ai? -Bill perguntou se levantando em um pulo. -Olha, se não se sente confortável em dormi na mesma cama que eu, não ligo em dormi no chão.
-Tudo bem. Já passei noites em lugares piores e alem do mais foi você quem fez todo o trabalho difícil hoje.
Fechei os olhos esperando que isso acabace com a discussão, mas não foi o suficiente. Quando os abri novamente Bill estava deitado aos meus pés, a cabeça apiada na bolsa.
-Isso é ridículo!
-É, eu sei.
Por algum motivo eu não conseguia dormi, toda vez que fechava os olhos as lembranças do passados me faziam deseja mais que tudo mante-los abertos. O sorriso do meu noivo e em seguida os olhos dele em pânico quando foi atacado, os rostos da minha família, dos meus amigos. Quando isso não era o suficiente para me manter consciente os barulhos na rua eram. Eu tinha lembranças e medo demais para dormi.
Aos meus pés Bill dormia tranquilo. Desejei ser como ele.
Quando a luz do dia invadiu o quarto e fiquei agradecida por isso. Me ocupei em observa os pontos de poeira que voavam na luz enquanto, pouco a pouco, os passos na rua diminuíam ate sumir. Eu sabia que o dia não seria fácil, só de pensar em sair daquele lugar seguro e caminhar novamente pelas ruas cheias deles meu corpo todo entrava em alerta.
Saímos cautelosos pela porta da casa. Estava tudo em absoluto silêncio novamente, Bill tinha o arco preparado a frente do corpo e arma recentemente carregada estava apetada na minha mão.
-Se mantenha perto. Não atire a menos que seja muito necessário, um tiro e nós dois morremos. -Bill sussurrou enquanto caminhávamos para um dos carro abandonados. - Precisamos de um com o taque na metade pelo menos. Depois que saímos da cidade podemos pegar outro.
-Para onde vamos? -Perguntei receosa.
-Encontrar o meu irmão.
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