Acordei na manhã seguinte me sentindo estranhamente bem. O
braço de Georg estava pousado em cima da minha barriga, eu poderia parar o
tempo ali e jamais ter que vê-lo parti.
-Bom dia .
Georg não me respondeu ,apenas me deu um selinho e saiu
.Caminhou ate a porta ,abriu e sorriu .Estava pronto para sair quando eu o
chamei de volta .
-Onde você vai ?
-Arrumar minhas coisas .Eu vou embora hoje a tarde .
Senti meu estomago afundar ,um sensação de vazio tomou conta
de mim .As lágrimas escorreram sem controle pelo meu rosto ,entre os soluços do
meu choro tentava explicar o porque ele ter que ficar .
Mas Georg não me ouviu ,simplesmente passou por aquela porta
sem olhar para trás .Seus olhos verde-esmeralda tinham assumido um tom de verde
escuro e sombrio .Aquele ultimo olhar ficaria marcado em mim pelo resto da vida
.
Georg partiu com o cair do crepúsculo aquela tarde .Eu
estava na saída o vi dando as costa e caminhando ate desaparece no horizonte .
Minhas pernas nunca tinham estado tão bambas ,meu coração doía
com tanta intensidade que eu poderia desmaiar ali mesmo ,e foi o que fiz .Primeiro
a falta de força ,depois a escuridão a
minha volta e finalmente o chão frio se chocando contra o meu corpo .
Uma pequena multidão se reuniu a minha volta .As pessoas
falavam sem parar ,minha cabeça girava ,parecia pronta para explodir .Vi Mari e
um outro garoto que morava na antiga base militar a algum tempo se aproximarem
.Ele me pegou nos braços e seguido as recomendações de Mari me levou ate o meu
quarto .
O nome do tal garoto era Guilherme, ele morava lá há mais
tempo que eu, mas nunca tínhamos conversado.
Eu sabia muito pouco sobre ele ,sabia apenar que não era
alemão ,mas que tinha crescido em Berlim e que seus pais tinham morrido em um
bombardeio .
Guilherme Le colocou delicadamente sobre a cama ,ela ainda
estava desarrumada e a toalha branca ainda estava jogada no chão .O cheiro de
Georg parecia presente em todo o cômodo q chagava a me sufocar .
Eu queria esquecê-lo ,queria esquecer a noite passada ,mas
ela ainda girava na minha mente como um filme ...Um filme emocionante e inesquecível
,daqueles que o final não é tão feliz e que você sai arrasado do cinema .
-Ela ta pálida .-Ouvi Guilherme dizer para Mari .
-Vou buscar um cobertores e um chá .Ela deve ta com febre
.Que porra a médica é ela !
Mari saiu correndo do quarto, aquele garoto continuou lá
.Ela ainda segurava minha mão e não parecia quer solta-la .
-Tudo isso é por causa dele, não?-Perguntou depois de alguns
segundo em silencio.-Acho que ele é um idiota ,se eu tivesse uma garota como
você não a abandonaria ,nunca .
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