Eu posso te preencher
Com o meu vazio esta noite?
Posso segurar sua cabeça
Enquanto escorregamos para a luz ? -Down On You
O táxi parou em frente a um prédio baixo e decadente. Em letras cor de rosa e brilhantes lia-se ´´Motel Santa Clara´´.
Bill lançou um olhar para o edifício e depois para mim. Sorriu.
-É aqui? –Perguntei franzindo as sobrancelhas e torcendo para que ele desse uma gargalhada e dissesse que tínhamos pegado o caminho errado. Não o fez.
-Sim. É o que dá para pagar por enquanto. – Bill disse dando um beijo na minha testa e descendo do carro.
Deu a volta até o lado do motorista e entregou duas notas de 10 euros para o homem baixo e careca que segurava o volante com força, em seguida abriu a porta para mim e caminhou ate o porta malas, jogou a minha mala sobre as costas e caminhou em direção a entrada.
O segui apressada olhando para os lados e segurando a mochila de Bill contra o peito.
Estava assustada e queria minha casa, meu quarto, minha cama... Sentia-me como uma garota do interior perdida na cidade grande, e realmente era.
-Um quarto para dois. –Bill disse para a recepcionista de rosto enrugado e cabelos grisalhos.
-Fumantes ou não fumantes? –Ela perguntou após um longo bocejo.
-Fumantes. –Ele disse.
-Não fumantes. –Respondi ao mesmo tempo. Bill e eu nos encaramos por alguns instantes. – Não fumantes! –Repeti erguendo a sobrancelha direita e espalmando as mãos sobre o balcão da recepção.
-Ela quem manda. –Bill encolheu os ombros e deu um sorriso tímido. Retribui o sorriso e abracei sua cintura.
-ótimo. A recepcionista levantou-se preguiçosamente e caminhou até uma parede repleta de chaves penduradas em pregos enferrujados. Voltou alguns segundos depois e entregou uma pequena chave para Bill. Tenham uma noite divertida.
-Ela acha que nós viemos aqui para... –Falei enquanto caminhávamos pelo longo, escuro e empoeirado corredor que levava aos quartos. Bill não disse nada apenas deu uma longa gargalhada.
Por fim encontramos nosso quarto após alguns minutos de procura, ficava no lado direito do corredor, a velha porta de madeira parecia corroída por cupis e os números 483 pendiam sobre ela.
Bill abriu a porta e deixou eu entrasse primeiro. A decoração do quarto me fez lembrar de um
filme pornô ou coisa do gênero. Uma cama em forma oval estava estrategicamente postada no centro do cômodo coberta por tecido vermelho, sobre ela pendia um lustre antigo e enferrujado e na parede esquerda do quarto tinha uma pequena porta que eu deduzi ser a do banheiro.
-Não é nada mal. - Bill disse cruzando os braços sobre o peito e me lançando um olhar que no fundo queria dizer ´´te desafio a passar uma única noite aqui.´´
-Já estive em motéis mais decadentes com meus ex-namorados. –Respondi erguendo uma das sobrancelhas e dando um meio sorriso.
-Você o que?!
-É brincadeira, seu idiota. –Envolvi os dedos nos cabelos negros de Bill e o puxei para um beijo. –Acho que vou tomar banho. É melhor. –Eu disse me afastando.
Entrei no pequeno banheiro e despi as roupas, antes de entrar em baixo da ducha morna gastei alguns minutos me olhando no espelho e pensando em como estaria minha vó, por fim decidi que estava na hora do banho.
Saí minutos depois envolta em uma das toalhas brancas que estavam dobradas sobre o balcão da pia. Bill estava deitado na cama observando o teto como se aquilo fosse a coisa mais interessante do mundo.
-Espero que não pegue nenhuma doença nesse lugar. –Disse com um sorriso quando entrei no quarto.
-É espero que não... – Bill lançou um olhar penetrante sobre mim, senti meu rosto queimar. Prendi com ainda mais força a toalha sobre o meu corpo e ocupei-me em procurar uma roupa na mala. Tentei parecer absolutamente ocupada e distraída mais isso foi impossível com forme Bill caminhava na minha direção.
Ele puxou minha mão e obrigou-me a levantar nossos olhos pararam um no outro, tentei parecer calma. Não estava, meu coração parecia bater dolorosamente contra a garganta. Bill escorregou suas mãos pelo contorno do meu corpo e com um movimento rápido soltou a toalha que escorregou ate cair aos meus pés.
-Como já disse uma vez, se parece com uma ninfa...
Seus lábios tocaram os meus com desejo, Bill me empurrou em direção à cama e forçou-me a deitar. Suas mãos escorregaram ate os meus seios e os apertaram com força. Gemi. Bill aprecia se divertir vendo meu corpo reagir a cada toque e continuou ate que quase implorasse por mais. Muito mais ...
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