— | Martha Medeiros. |
As semana se arrastaram como anos ,o tempo parecia simplesmente não passar enquanto eu mofava naquela cama de hospital .
O dia era frio e escuro ,mas Bill parecia estranhamente animado quando entrou no meu quarto no final daquela manhã .
-Advinha !.-Ele disse com um sorriso no rosto .-O médico disse que você já está bem ,acabei de assinar sua alta .
-Finalmente .-Disse puxando Bill pela jaqueta de coro de dando um longo e apertado abraço nele .Meu toque parecia estremece-lo ,de repente todos os músculos de seu corpo estavam rígidos . -Você está bem ?-Perguntei me afastando e o olhando nos olhos .
-Você me deixa nervoso .
Esperei ate que Tom tivesse fora de casa .Observei a mansão Kaulitz pela ultima vez através do vidro escuro da janela do carro de Bill .
-Vou senti saudades .-Ele disse enquanto trazia minhas malas para o carro .
-Eu também .Você acabou se tornando o bom amigo .
-Amigo ... -Ele repetiu em voz baixa enquanto se acomodava no bando do motorista .-Não quer ver Tom pela ultima vez ?Podemos espera-lo ...
-Não .Tudo que eu tinha com Tom acabou aqui .Por mais que doa ,por mais que eu sofra ,está na hora de seguir em frente .Talvez um dia eu encontre alguém que me ame ...
Seguir todo o restante do caminho ate o aeroporto em silêncio ,não conseguia acreditar que estava partindo ,mas por algum motivo não me senti mal por partir e nunca mais ver Tom ,me senti mal por não ter mais Bill .Isso era perturbador .Ele tinha ficado próximo de mim durante todo tempo em que estive no hospital ,me mostrou o verdadeiro homem que era e que eu nunca tinha conhecido durante os quase dois anos que estive ao lado do seu irmão .
-Vai me visitar de vez em quando ? -Perguntei afundado a cabeça no peito de Bill pouco antes de entrar no avião .
-Você sabe que sim,anjo .-Ele disse me puxando para mais perto e apertando seu corpo contra o meu .-Eu nunca quis machuca-la .
As lágrimas rolaram sem controle pelo meu rosto quando o vi virar as costas e caminhar ate sumir em meio a multidão.
Procurei atentamente minha poltrona no avião e quando a encontrei me afundei nela como uma criança assustada que corre para os braços da mãe .
A lá em baixo a cidade de Los Angeles diminuía ate sumir abaixo das nuvens e em algum lugar daquela cidade Bill dirigia triste pelas frias e escuras ruas da cidade das estrelas .
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